segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Relevância da Contabilidade de Custos


Contabilidade de custos deve ajudar o gestor da firma
Folha de São Paulo – 18/11/2007

O contador que trabalha fora da empresa não atende à administração interna, e sim ao governo.

Um dos grandes desafios enfrentados pelos empreendedores é o de lidar com diversas tarefas especializadas, que vão desde a administração geral até a contabilidade. Sobretudo em micro e pequenas empresas, nas quais é comum o proprietário acumular funções, é importante determinar como a contabilidade deve servir de suporte para a administração da firma. Ressaltar essa importância é o objetivo de George S. Guerra Leone, autor de “Os 12 Mandamentos da Gestão de Custos” (editora FGV, R$ 34, 254 págs.), que conversou com a Folha. Confira os principais trechos da entrevista.

FOLHA – Qual é a diferença entre contabilidade de custos e gestão de custos?
GEORGE LEONE – A contabilidade de custos é feita pelo contador, em firmas médias e grandes, e tem função informativa. A gestão de custos é estratégica, realizada por um administrador, e baseia-se nas informações fornecidas pela contabilidade.

FOLHA – No livro, fala-se da necessidade de haver um “dueto harmonioso” entre esses dois profissionais: o contador e o administrador.
LEONE – Se não houver uma harmonia entre eles, a empresa não funcionará. A contabilidade de custos presta informação para a gerência.

FOLHA – Qual é a diferença se o contador de custos trabalhar para uma micro ou uma pequena empresa?
LEONE – O empreendedor geralmente será proprietário e administrador. Ele terá algumas atribuições que não existiriam em uma empresa industrial. O contador de custos desse empreendedor terá de trabalhar em dobro.

FOLHA – Em uma grande empresa, a contabilidade pode ser um departamento. Mas, no caso dos pequenos empreendedores, o mais comum é ter uma contabilidade terceirizada. Como o empreendedor deve acompanhar esse trabalho?
LEONE – Quando um contador trabalha fora da empresa, ele não atende à administração interna, mas aos governos municipal, estadual e federal. Preocupa-se em fazer tudo certo, para que não haja problemas com tributos e com o INSS [Instituto Nacional do Seguro Social], já que a legislação muda de vez em quando. Isso dá um trabalho danado para o contador que está de fora. Não ajuda o administrador ou o empreendedor a administrar, pois não faz a contabilização, ou seja, o registro do que está acontecendo monetariamente.

FOLHA – Quando o pequeno empresário administra, faz também a contabilidade de custos? Ele deveria ter ainda um outro contador externo só para tributos?
LEONE – O contador de custos interno só existirá se for uma empresa média ou maior. Se for uma empresa menor, vai haver apenas o contador externo, que só atende ao governo.

FOLHA – O controle de custos que o pequeno empreendedor faz deve ser chamado de administração ou de contabilidade?
LEONE – Se o empreendedor faz [a contabilidade], pode contratar um consultor especializado para ajudá-lo -uma pessoa com experiência. Isso lhe permite focar nas áreas importantes para ele: a comercial e a de produção. O contador interno que ele contrata pode ser uma pessoa amiga ou um familiar. Mas esse especialista deve ser um contador gerencial, porque ele tem uma visão de administração e de gerenciamento.

FOLHA – Outro dos pontos que o senhor destaca é a relevância da redução permanente de custos.
LEONE – É que o pessoal muitas vezes apaga fogos pequenos, mas não deveria ser assim. Só apagar o foco do incêndio não adianta. O gestor deve prever que vai acontecer um incêndio no futuro. Do contrário, é como na floresta: apaga-se um foco e aparece outro. Ele tem de ter uma atividade permanente de redução de custos.

Texto retirado do site: http://cesartiburcio.wordpress.com/

domingo, 13 de junho de 2010

Cresce o nº de funcionários que usam seus prórios PCs no trabalho



As empresas estão cada vez mais considerando liberar o uso de notebooks de seus funcionários como o PC corporativo, de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 7, pelo Gartner. Segundo o levantamento, a expectativa dessas companhias é que o número médio de empregados que utilizam seus próprios notebooks como o PC de trabalho cresça de 10% neste ano para 14% até meados de 2010.

Nos últimos dois anos, nove em cada dez empresas avaliaram se seus empregados devem ou não usar seus dispositivos pessoais, segundo a consultoria. E quase a metade (48%) decidiu proibir a sua utilização a título definitivo, enquanto outros (43%) adotaram políticas específicas que permitem o seu uso.

"Os programas de uso de notebooks de propriedade do empregado começaram a aparecer há alguns anos e a aceitação de tais esquemas pelas organizações varia muito", disse Annette Jump, diretora de pesquisa do Gartner. "No entanto, na atual conjuntura de contenção de custos, as grandes empresas estão estudando as possibilidades oferecidas pelas arquiteturas de computação cliente e de dispositivos móveis, e isso inclui os PCs que seus funcionários possuem.”

A pesquisa, realizada no segundo trimestre deste ano, ouviu 528 gerentes de TI de empresa com mais de 500 funcionários nos Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.

O estudo conclui que as empresas do setor de serviços, tais como companhias de seguros e operadoras de telecomunicações, são mais susceptíveis a permitir que os funcionários usuários usem seus próprios PCs do que as dos setores de manufatura, atacadistas ou empresas de governo. Houve também diferenças de ponto de vista geográfico, já 60% das companhias alemãs se mostram mais afáveis a ideia de permitir que seus funcionários utilizem seus próprios PCs, contra apenas 30% das empresas americanas e do Reino Unido.

Em todos os três países pesquisados, as empresas estimam que haverá um aumento no número médio de empregados que usam seus próprios notebooks nos próximos 12 a 18 meses. De todos, porém, os Estados Unidos são os que projetam o maior aumento (60%) no número de funcionários que utilizam seus os PCs no trabalho. As empresas alemãs esperam um aumento de quase 40%, enquanto as organizações do Reino Unido estimam um modesto aumento de cerca de 15% no próximo ano.

O Gartner afirma que a maior parte da economia proporcionada com adoção de programas de uso de notebooks de propriedade do empregado é com os custos de gestão indireta. Segundo a consultoria, os custos diretos de uma máquina virtual de propriedade do funcionário são realmente mais elevados do que o de um PC móvel da própria companhia, mas isso é mais do que compensado pela maior satisfação do empregado e pelo potencial de aumento da produtividade.


Fonte: TI Inside: http://www.tiinside.com.br/News.aspx?ID=158815 - 07.12.2009

Redução de Custos


Um casal de contadores chega ao consultório de um médico terapeuta sexual.

O médico pergunta:

— O que posso fazer por vocês?

O rapaz responde:

— Você poderia ver a gente transando?

O médico olha espantado, mas concorda. Quando a transa termina, o médico diz:

— Não há nada de errado na maneira como vocês fazem sexo.

E então, cobra R$ 70,00 pela consulta. Isto se repete por várias semanas! O casal marca um horário, faz sexo sem nenhum problema, paga o médico e deixa o consultório. Finalmente o médico resolve perguntar:

— Afinal, o que vocês estão tentando descobrir?

E o rapaz respondendo, diz:

— Nada. O problema é que ela é casada e eu não posso ir a casa dela. Eu também sou casado e ela não pode ir até minha casa. No Motel Dunas, um quarto custa R$140,00. No Motel Ebony custa R$120,00. Aqui nós transamos por R$ 70,00 tenho acompanhamento médico, descolo um atestado, sou reembolsado em R$ 42,00 pela UNIMED e ainda consigo uma restituição do IR de R$19,20 Tudo calculado e os custos são de só R$ 8,80.


Viva a Contabilidade!

O Caduceu



O Caduceu simboliza a Contabilidade e é representado por um bastão entrelaçado por duas serpentes e um elmo alado. Uma das simbologias de Mercúrio, legendário Deus protetor do comércio, emblema da paz e prosperidade. A insígnia da profissão contábil significa a capacidade, a inteligência e a astúcia.

O Bastão: Representa o poder de quem conhece a Ciência Contábil, que tem por objeto de estudo o patrimônio das entidades.

As Serpentes: Simbolizam a sabedoria, isto é, o quanto se deve estudar antes de agir, para escolher o caminho correto e ao mesmo tempo o mais vantajoso para o cliente.

As Asas: Figuram a diligência, a presteza, a dedicação e o cuidado ao exercer a profissão.

O Elmo: Peça de armadura antiga que protegia a cabeça, tem o significado de proteção contra pensamentos baixos que levem a ações desonestas.

Anel do Contabilista


O anel do contabilista é um anel que representa a conclusão do curso superior ou técnico de Contabilidade. É confeccionado em ouro, apresenta uma pedra de cor rosa forte de rubiliste, um desenho de uma tábua da lei em platina ou ouro branco de um dos lados, encimado por um brilhante, e um desenho do caduceu também em platina ou ouro branco do outro lado, também encimado por um brilhante.

Cada um destes elementos é um símbolo: a cor rosa do rubislite remete à cor vermelha do rubi, a pedra-símbolo dos advogados, sublinhando a conexão histórica entre Contabilidade e Direito, principalmente no século XIX. O desenho da tábua da lei remete à tábua dos dez mandamentos de Moisés, ou à Lei das Doze Tábuas
da Antiga Roma, sublinhando o respeito à lei que deve orientar a conduta do contabilista. O caduceu lembra que a Contabilidade surgiu das necessidades práticas dos comerciantes. E os brilhantes simbolizam a transformação da pedra bruta, os estudantes, em joia lapidada, os profissionais plenamente capazes de exercer seu ofício.

Contabilidade e Análise de Custos - Joel José Santos


Este livro apresenta os conceitos, instrumentos e casos práticos necessários para a prática de uma gestão lucrativa do negócio. A forma de abordagem de seus capítulos facilita a compreensão de toda uma metodologia baseada no custeamento para apuração do lucro marginal de cada produto vendido, a fim de mensurar e analisar com maior propriedade o desempenho do negócio.

Todo suporte e informações desde o primeiro capítulo contribuirão para convencer o leitor que lida com questões empresariais da necessidade de apurar e gerenciar o lucro marginal de cada produto vendido, diariamente, e não mais esperando pelo fechamento dos resultados mensais que ocorrem em meados do mês seguinte, para a obtenção do feedback instantâneo do resultado das vendas realizadas.

Gestão de Custos e Formação de Preços - Adriano L. Bruni e Rubens Fama


Enfatiza de forma simples e didática o processo de gestão de custos e preços, discutindo a importância do correto registro e controle e destacando os aspectos relativos à tomada de decisão em uma abordagem multidisciplinar, que associa Contabilidade, Finanças e Estratégia.

Em linguagem clara e enriquecida com muitos exemplos práticos e mais de 150 exercícios resolvidos, discute ao longo de vinte capítulos os principais aspectos associados a custos, tributos, preços e lucros. Contextualizar as contabilidades financeira e gerencial, enfatizando pontos relevantes de registro e de tomada de decisões.

Nesta quinta edição, o CD que acompanha o livro apresenta recursos complementares de todos os textos do autor publicados pela Editora Atlas. Planilhas, slides, listas de exercícios e casos para sala de aula estão incluídos no CD, abordando, além de tópicos de Gestão de Custos, Formação de Preços, Matemática Financeira, Avaliação de Investimentos e Estatísticas.

sábado, 12 de junho de 2010

Custos: Análise e Gestão - Evandir Megliorini


Com uma abordagem prática, este livro explica de forma objetiva a apuração de custos, tanto para o atendimento a exigência legais quanto para apuração de resultados das empresas e a avaliação de estoques.

Os tópicos são tratados com exemplos que permitem entender, de forma detalhada, como os custos são apurados, uma vez que a proposta é facilitar a compreensão daqueles que estejam iniciando seus estudos na área. Recursos como tabelas, mapas de custos, figuras e formulários também contribuem para o aprendizado, reforçando o objetivo didático da obra.

Nesta segunda edição foram incluídos temas como custeio ABC, custo-padrão,custos em empresas comerciais e prestadoras de serviços e formação do preço de venda. Com o objetivo de fixar o aprendizado, uma grande quantidade de exercícios com os mais variados graus de dificuldade também esta presente nesta nova edição, bem como as respostas de alguns deles no final do livro.

Por apresentar os conceitos básicos de custos, é um livro que busca atender adequadamente os estudantes dos cursos de ciências contábeis, administração e economia que estão iniciando os estudos sobre o tema e querem entender o papel dos custos nas organizações. Interessa também aos gestores para a tomada de decisão correta e o exercício de controles.

Contabilidade de Custos - Ricardo J. Ferreira



Neste livro, o autor trata da Contabilidade aplicada às empresas industriais e às prestadoras de serviços, abordando a matéria em seus aspectos legais e o seu uso para fins gerenciais.
Traduz a Contabilidade de Custos em linguagem simples, por meio de exemplos e de exercícios de fixação. além de conter questões comentadas de provas elaboradas pela Escola de Administração Fazendária-ESAF, instituição responsável pela organização dos concursos da Receita Federal, e do CESPE/UnB - Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília.

Contabilidade de Custos - Eliseu Martins


Ajustado às mais recentes evoluções conceituais e às novas tendências de utilização da Contabilidade de Custos para fins decisórios e gerenciais, este livro reúne uma série de características que o diferenciam positivamente da bibliografia disponível.

A primeira entre as caraterísticas é torná-lo particularmente apropriado para a realidade brasileira, uma vez que está voltado para as situações típicas observadas no país, para seus institutos legais, para as condições organizacionais prevalecentes no meio empresarial. Assim, ao tratar dos critérios técnicos e legais relacionados, por exemplo, à contabilização dos custos da mão-de-obra e dos impostos, o texto refere-se explicitamente às condições brasileiras, destacando os principais aspectos relacionados aos encargos sociais existentes no país e os dois principais tributos indiretos, o ICMS e o IPI. Ademais, foram também consideradas pelo autor as regras implícitas na Lei das Sociedades por Ações relacionadas à operacionalização contábil dos custos.

Uma segunda característica do texto é a análise dedicada ao uso da Contabilidade de Custos como instrumento para fins gerenciais. Outra característica a destacar é o enfoque dado à utilização da Contabilidade de Custos para as funções de planejamento e controle, relacionadas ao estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão, com vista no subseqüente acompanhamento e análise das variações observadas.

Além dos critérios usuais dos sistemas de custo-padrão, o autor desenvolveu modelos para fixar padrões de custos indiretos por unidade. Finalmente, o texto traz uma avaliação crítica da implantação de sistemas de custos. A partir de uma abordagem realística foram destacadas as principais barreiras e reações comportamentais às tentativas de implantação e os custos e benefícios dos diferentes sistemas disponíveis.

25 de abril: Dia do Contabilista


“Trabalhemos, pois, bem unidos, tão convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril o Dia do Contabilista Brasileiro".

Com esta frase, dita no meio de um discurso de agradecimento a uma homenagem que recebia da Classe Contábil, o Senador e Patrono dos Contabilistas, João Lyra, instituiu o Dia do Contabilista, prontamente adotado pela classe contábil e, atualmente, oficializado em grande número de municípios. Era o ano de 1926.

Em dezembro do ano anterior, João Lyra havia sido eleito Presidente do Conselho Perpétuo dos Contabilistas Brasileiros e, em toda a sua vida parlamentar, propôs e fez aprovar várias leis em benefício da profissão contábil.

Em seu discurso de agradecimento, Lyra homenageou outro grande contabilista, Carlos de Carvalho: "Quando, em 1916, justifiquei, no Senado Federal, a conveniência de se regularizar o exercício de nossa profissão, acentuada a merecida e geral confiança que adviria do abono da classe, por seus mais circunspectos representantes, à capacidade moral e técnica dos contadores, foi o grande e saudoso mestre paulista uma autoridade sem equivalente no Brasil, como bem disse o sr. Amadeu Amaral, quem me endereçou os primeiros e os mais desvanecedores protestos de apoio e de solidariedade".

O Dia do Contabilista foi oficialmente instituído pela Lei Estadual nº 1989, em 23 de maio de 1979.

Conheça um pouco sobre o criador do Dia do Contabilista e patrono da Classe Contábil

O criador do Dia do Contabilista, João de Lyra Tavares, nasceu em 23 de novembro de 1871, na cidade de Goiana/PE, e faleceu em 30 de dezembro de 1930.

Foi guarda-livros, chefe de escritório e da firma em que trabalhava. Como comerciante, teve uma atuação destacada em Pernambuco. Fundou em seu Estado, uma Associação de Guarda-Livros e foi membro da Associação Comercial do Recife.

Atuou na política, foi historiador e economista, autor de obras didáticas e estudioso de geografia. Em 1914, a convite do então ministro Rivadávia Corrêa, esteve, pela primeira vez, na cidade do Rio de Janeiro, na época capital da República, onde tomou parte da Comissão escolhida para estudar a reorganização da Contabilidade do Tesouro Nacional.

No ano seguinte, João de Lyra Tavares foi eleito Senador pelo Rio Grande do Norte, cargo que ocupou até o fim de sua vida. No Senado, foi membro eminente da Comissão de Finanças e sempre ressaltou os benefícios que a sociedade brasileira teria com o reconhecimento de uma classe de contadores públicos.

Em 1926, no almoço feito em sua homenagem pelas Entidades Contábeis Paulistas, João de Lyra Tavares foi aclamado Presidente do Supremo Conselho da Classe dos Contabilistas Brasileiros. Na ocasião, fez um discurso defendendo a criação do Registro Geral dos Contabilistas Brasileiros, marco decisivo para o processo de organização dos Contabilistas em bases profissionais, que culminou com a criação do sistema CFC/CRC's, ocorrida 20 anos depois.

Contabilidade de Custos: Conceito

Processo ordenado de utilizar os princípios da contabilidade geral, para registrar os custos de operação de um negócio, de tal maneira que, com os dados da produção e das vendas, se torne possível à administração utilizar as contas para estabelecer os custos de produção e de distribuição, tanto por unidade como pelo total, para um ou para todos os produtos fabricados ou serviços prestados e os custos das outras diversas funções do negócio, com a finalidade de obter operação eficiente, econômica e lucrativa.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Associação Brasileira de Custos


"A Associação Brasileira de Custos - ABC - agrupa profissionais e estudiosos, que atuam na área de custos sob uma abordagem multidisciplinar. Ela tem como objetivo o desenvolvimento de conhecimentos e a aplicação de sistemas de gestão estratégica de custos, que contribuam para a melhoria da qualidade de produtos, flexibilidade de processos, redução de lead time e de custos, das organizações que desejam tornar-se competitivas em nível global".
Através do site descobri que o XVII Congresso Brasileiro de Custos será realizado na cidade de Belo Horizonte

Sustentabilidade: Além da mensuração de custos
03 a 05 de novembro de 2010
FACE (Faculdade de Ciências Econômicas) da UFMG
Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil

Para mais informações, acesse também: http://cbc.edugraf.ufsc.br/?page_id=41

Glossário



Gastos: Sacrifício financeiro com que a entidade arca para obtenção de um produto ou serviço qualquer. Sacrifício este representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). É o ato primeiro, antevêem a despesa, ao custo, a imobilização etc.

Custos: São gastos relativos a bens ou serviços utilizados na produção de outros bens ou serviços. Os custos são gastos ligados à produção.

Custos Fixos: São aqueles que mantêm um dimensionamento constante, independentemente do volume de produção, ou ainda, os custos de estrutura que permanecem período após período sem variações, não ocorrendo em conseqüência de variação no volume de atividade em períodos iguais.

Custos Variáveis: São custos que variam de acordo com o objeto de custeio ou ainda, em alguns casos que se modificam em função da variação do volume/atividades das operações, ou seja, da variação na quantidade produzida no período. Quanto maior o volume de produção, no período, maior será o custo variável.

Custos Diretos: São aqueles que podem ser identificados e diretamente apropriados a cada tipo de bem ou órgão ou objeto a ser custeado, no momento de sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo. Podem ser atribuídos (ou identificados) direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento. Não necessitam de rateios para serem atribuídos ao objeto custeado.

Custos Indiretos: São aqueles que não podem ser apropriados diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência Necessitam, portanto, da utilização de algum critério de rateio para sua alocação.

Custos de Produção: São compostos das matérias primas, da mão-de-obra direta e dos custos indiretos de fabricação.

Custo Padrão: Custo estimado com maior freqüência, o custo ideal a ser perseguido em uma empresa.

Custeio: É o método para apropriação dos custos, diretos e indiretos, aos produtos.

Custear: Significa coletar, acumular, organizar, analisar, interpretar e informar custos e dados de custos, com o objetivo de auxiliar a gerência da empresa.

Centro de Custos: É a menor unidade de acumulação de custos, sendo representada por homens, máquinas e equipamentos de características semelhantes que desenvolvem atividades homogêneas relacionadas com o processo produtivo.

Custeio Integral: Todos os custos e despesas operacionais, diretos e indiretos, fixos e variáveis, de todas as funções, de produção, comercialização, distribuição e administração, são apropriados aos produtos.

Departamentalização: Divisão da empresa em departamentos, com a finalidade de compreender melhor a estrutura da entidade e, assim, racionalizar a alocação dos custos.

Departamentos Produtivos: São os departamentos que atuam diretamente na industrialização do produto ou na prestação do serviço. Neles promovem-se modificações no produto.

Departamentos Auxiliares: Têm como característica auxiliar os departamentos produtivos. Existem para prestar serviços aos demais departamentos. Neles não ocorre nenhuma ação direta sobre o produto.

Desembolso: É o pagamento do bem ou serviço adquirido. Pode ocorrer antes, durante ou depois da aquisição. Assim, se comprarmos um bem à vista, o desembolso se dá durante a aquisição deste bem. Se comprarmos um bem a prazo, o desembolso se dará depois da aquisição. Se adiantarmos o dinheiro para posterior recebimento do bem, o desembolso ocorre antes do recebimento deste bem.

Despesas: Bens ou serviços consumidos para a obtenção de receitas, ou ainda, o gasto aplicado na realização de uma atividade que vai gerar renda efetivamente ou que poderá gerar uma renda teórica.

Ganho: É resultado líquido favorável resultante de transações ou eventos não relacionados às operações normais da entidade.

Investimentos: São gastos “ativados” (classificados no ativo) em função da utilidade futura de bens ou serviços obtidos. Assim, qualquer gasto realizado cujo bem é ativado será um investimento. Exemplo: Móveis e Utensílios, Veículos, Imóveis, etc.

Matéria-prima: Corresponde aos materiais diretamente aplicados para a obtenção de um produto final.

Mão-de-obra Direta: Elemento utilizado para a transformação dos materiais diretos em produto. A mão-de-obra direta, bem como os respectivos encargos sociais podem ser claramente identificados com o volume operacional das atividades (unidades produzidas, horas-máquinas ou horas-homens).

Mão-de-obra indireta: É representada pelo trabalho nos departamentos auxiliares nas indústrias ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis em nenhum produto ou serviço executado.

Materiais indiretos: São materiais empregados nas atividades auxiliares de produção, ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: graxas e lubrificantes, lixas etc.

Perdas Normais: Todo processo produtivo pode gerar restos decorrentes da atividade desenvolvida (previsionais), estes são considerados normais à atividade, portanto devem englobar o custo do produto fabricado.

Perdas Anormais: Provenientes de erros de produção, incêndios, obsolescência, erros humanos etc., são consideradas perdas do período, sendo contabilizadas como tal, incidindo diretamente no resultado do exercício, não sendo ativadas (não compõem os custos dos produtos, simplesmente reduzem o resultado do período).

Rateio: Processo de transferência sucessiva dos custos indiretamente, primeiro sobre os setores da empresa e, após, sobre os produtos.

Receitas: Entrada de elementos para o ativo sob forma de dinheiro ou de direitos a receber, correspondente normalmente à venda de bens ou serviços
.

Papel do controller numa empresa



Cabe ao controller:

-Considerar os pontos financeiros fortes e fracos da empresa;

-Identificar problemas atuais e futuros que venham a afetar o desempenho da organização;

-Apresentar alternativas;

-Monitorar os gestores para que as políticas e objetivos estabelecidos no planejamento da empresa, bem como suas divisões, sejam cumpridos.

Custeio ABC - Um sistema complexo, com custos x benefício desfavorável


Por: Cláudio Fernando Ruschel

Activity Based Costing ou Custeio Baseado em Atividades teve impulso no Brasil na década de 90. Logo passou a ser difundido como uma revolução, na área de Custos, sendo apontado como uma verdadeira panacéia para solucionar problemas de distorções que, num primeiro julgamento, os Sistemas Tradicionais de Custos estariam sujeitos, quando da apuração dos custos unitários de produtos, mercadorias e serviços.

Considerando o caráter revolucionário atribuído ao ABC, pelas inovações propostas, aliado ao fato de ter surgido no Brasil fortemente apadrinhado por interesses econômicos e o aval de grandes empresas multinacionais de consultoria, naquela época, houve uma acentuada demanda por conhecimento e informações, visando a implantação do ABC, notadamente, por empresas de grandes portes.

Porém, com o passar dos anos, já conscientizadas da complexidade para implantação do ABC devido ao extenso volume de informações necessárias e o alto ônus financeiro decorrente de sua implantação, manutenção e revisões periódicas, muitas empresas que o haviam implantado ou que pensavam nisso, para o futuro, desistiram desse intento.

Uma excelente estatística realizada junto às 500 maiores empresas brasileiras e apresentada no 11º. Congresso Brasileiro de Custos em Porto Seguro, Bahia, jul/2004, pelo IEPG – Instituto de Engenharia, Produção e Gestão da UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá, MG – vide, na íntegra, no seguinte endereço:
Constatou que, um número significativo de empresas não mais se interessava pela implantação e utilização do ABC, pelos seguintes motivos principais:

1. Grande investimento para adequar os processos de coletas de dados e do sistema informatizado;
2. Desenvolvimento de treinamento do pessoal envolvido;
3. Custo-benefício desfavorável;
4. Alta complexidade de gerenciamento dos dados nas respectivas origens;
5. Decisão de abandoná-lo;
6. Atual sistema de custeio atendendo as necessidades de maneira suficiente;
7. Carência de recursos profissionais adequados para implantar e operacionalizar os procedimentos do ABC.
No item 8 – “Conclusões” – da citada pesquisa, os autores referem: “…a maioria das empresas utiliza o Custeio ABC integrado a outros sistemas contábeis ou a outros sistemas da empresa…”

Considerando as conclusões, supra referidas, chega-se à suposição de que, muitas empresas, num primeiro momento elegeram o ABC como um sistema de custeio único, de forma isolada, mas que, hoje, estão utilizando apenas parcelas de seu ferramental como elementos coadjuvantes dos Sistemas Tradicionais.

É importante ressaltar, antes de outras considerações, que a partir do surgimento do Sistema de Custeio ABC, os Sistemas Tradicionais passaram a ser duramente criticados como sendo sistemas obsoletos, cujas funções estariam ultrapassadas, considerando-se a velocidade de transformação e evolução dos processos industriais, das novas exigências mercadológicas e dos efeitos de uma economia globalizada.

A Contabilidade de Custos, com o surgimento do ABC, passou a reconhecer quatro principais sistemas de custos, ou sejam:

. Sistema de Custeio por Absorção: Também conhecido como Global, Pleno e Integral que considera todos os custos e despesas, fixos e variáveis, na apuração dos custos unitários.Este tipo de sistema apropria os Custos Operacionais Indiretos, fixos e variáveis, dos centros de custos de produção, aos produtos, mercadorias e serviços mediante uso do MLC – Mapa de Localização de Custos;

. Sistema de Custeio Variável ou Direto: Considera somente os custos diretos e demais custos variáveis, na apuração dos custos unitários.Este tipo de sistema apropria os Custos Operacionais Indiretos, variáveis, dos centros de custos de produção, aos produtos, mercadorias e serviços mediante uso do MLC – Mapa de Localização de Custos;

. Sistema de Custeio Padrão ou Standard: Os principais objetivos desse sistema são, a apuração e análise das variações ocorridas, entre os padrões de custos unitários, pré-estabelecidos, e sua posterior efetivação real em nível de produtos, mercadorias e serviços. Seu objetivo se concentra, portanto, no confronte “previsto x realizado”.Este tipo de sistema se abastece, praticamente, das informações obtidas a partir dos Sistemas de Custeio por Absorção e Custeio Variável, acima mencionados, e do Custeio ABC, quando for o caso.

. Sistema de Custeio ABC: Este sistema teve sua concepção fundamentada através dos Sistemas de Custeio por Absorção e Custeio Variável. Seu diferencial, em relação aqueles sistemas, está na forma como os Custos Operacionais Indiretos de Produção, fixos e / ou variáveis, são agregados aos produtos, mercadorias e serviços.Nos chamados Sistemas Tradicionais os custos indiretos são apropriados, aos itens, através do MLC – Mapa de Localização de Custos, a partir dos centros de custos, mediante rateios e pela utilização de unidades operacionais ou direcionadores, tais como: h, kg, pç, m, l, etc., enquanto que, no Custeio ABC , os custos unitários são primeiro identificados com as atividades operacionais dos centros de custos e, posteriormente, agregados aos produtos, mercadorias e serviços, através destasatividades e seus direcionadores.O Sistema ABC, da mesma forma que os Sistemas Tradicionais, se utiliza de rateios quando não e-xistir a possibilidade de se identificar, nos centros de custos, uma atividade que possa se adequar aos produtos, mercadorias e serviços.Cumpre esclarecer, portanto, que nem sempre será possível evitar a utilização de critérios de rateio quando da utilização do Sistema ABC.A Filosofia do Sistema de Custeio ABC tem por definição que, a agregação dos Custos Operacionais, deve se efetivar mediante critérios que evitem, ao máximo, a necessidade de utilização de rateios permitindo, assim, uma precisão maior nos resultados finais.No entanto, no que concerne à estrutura dos custos unitários e formação dos preços de produtos, mercadorias e serviços, o ABC não difere, na essência, dos Sistemas Tradicionais uma vez que, a formação dos preços e a estrutura dos custos seguem parâmetros contábeis legais, aceitos como metodologias científicas, ao longo dos anos, e consagrados pela Ciência Contábil à qual estão vinculados os Sistemas de Custos.

Diante do exposto e, reportando-nos ao título desse artigo, poderiamos perguntar: Que alternativas de custeio deveriam as empresas micro, pequenas e médias utilizar, considerando-se o alto investimento e o fato de que as próprias empresas grandes, já não serem unânimes no uso do Custeio ABC e, que, além disso, soma-se a existência de dúvidas quanto à precisão dos Sistemas Tradicionais, diante de constantes moções com criticas negativas, que surgiram depois da concepção do ABC, sob a falácia de que estariam ultrapassados?

Logicamente, a alternativa, só poderá ser aquela que, em sendo mais econômica, menos complexa e melhor elaborada possa ser uma ferramenta eficaz que possibilite, às empresas, de forma mais simples e econômica, uma eficiente gestão de seus custos, ou seja, a utilização ou o até retorno aos Sistemas Tradicionais que nunca foram, por concepção ineficientes e, tampouco, ultrapassados, mas sim, mal divulgados, mal eleborados e mal executados…
A seguir encontram-se relacionados os principais erros, os mais comuns, na utilização dos Sistemas Tradicionais que, ao longo dos anos, prejudicaram a imagem e lançaram, equivocadamente, suspeitas em relação à suas eficiências:

1. Definições de critérios de rateios, no MLC, mal elaboradas e incoerentes com a operacionalidade dos centros de custos e dos tipos de custos a serem rateados entre os diversos centros devedores;
2. Inclusão de gastos indevidos, no MLC, onerando os Custos Operacionais unitários dos centros de custos;
3. Desconsiderar na formação do Preço de Venda Calculado (interno), o fator “participação dos custos fixos”, bem como, as variações nos volumes de produção, para mais ou para menos, nos centros de custos, tendo como decorrência uma formação de preços instáveis e, assim, tornando inviável uma análise adequada entre Preço Calculado x Preço Praticado (mercado);
4. Agregar as Despesas Operacionais Fixas (Custos Administrativos), ao custo por itens, mediante critérios incoerentes, tais como: utilização da Receita Operacional ou do Custo Operacional, como bases de rateio ou, ainda, utilizar-se das Margens de Contribuição de Cobertura dos Custos Fixos para tal finalidade;
5. Contratação de pessoas inábeis, com pouca experiência ou insuficiência de conhecimento para assuumir a responsabilidade profissional em Custos, diante da carência de especialistas plenamente habilitados no mercado.
6. Definir Preços de Venda, proceder análises de resultados, projeções de preços, quantidades e lucratividade ou outras análises semelhantes utilizando-se apenas do Sistema de Custeio por Absorção ao invés de, paralelamente, utilizar-se do Sistema de Custeio Variável;
7. Utilização de sistemas informatizados do tipo “enlatados”, não adequados às necessidades específicas e a realidade operacional da empresa, sob pretexto de que deram certo em outras organizações;
8. Utilização precária de programas informatizados para agilização e qualificação de procedimentos.

Quando os Sistemas de Custeio Tradicionais são conduzidos de forma adequada, criteriosa, e isentos, tanto quanto possível, das distorções acima referidas, tornam-se ferramentas eficientes para as empresas, independente do porte que possuam.

É importante, também, enfatizar que, uma vez implantados e ajustados os Sistemas Tradicionais passam a fornecer um padrão de informações estáveis, contínuas, condizentes com as atividades operacionais, possibilitando vincular e manter a identidade custo x produto, dispensando a utilização de um sistema caro, complexo, de difícil controle, operacionalidade, e pouco resultado prático.

Considerando, para finalizar, que a maioria das empresas dependem de Sistemas de Custos que atendam às necessidades de custeio de produtos, mercadorias e serviços, com eficácia, porém de forma menos onerosa e, ainda, com relação ao que se refere o parágrafo anterior é importante ilustrar, mediante o oportuno comentário do Prof. Eliseu Martins, relatado no livro “Contabilidade de Custos”, 6ª. Edição, Editora Atlas, São Paulo onde refere na, página 103, o que segue:

“…Portanto, quando o objetivo principal do ABC é custear produtos, um bom sistema “tradicional” de custos, ou seja, bem departamentalizado e com boa separação dos centros de custos, já pode atender, adequadadamente, a estas duas primeiras etapas: identificação e atribuição de custos às atividades relevantes. É possível, até, não haver diferenças significativas entre o ABC e o sistema tradicional até este ponto…”

Autor: Contador, Administrador, Consultor de Custos.
Porto Alegre, 26/04/2010.

Margem de contribuição




A margem de contribuição total corresponde à parcela remanescente das receitas de vendas após serem deduzidos os custos variáveis totais. Quando é feita a diferença do preço e custo unitário é chamada de margem de contribuição unitária.

Como usar a alavancagem operacional para prever o lucro



O efeito da alavancagem operacional está relacionado com os gastos fixos da empresa, gastos estes que poderão constituir risco para as atividades operacionais. A alavancagem operacional vem medir qual será a proporção deste risco.

O impacto diminuirá na proporção do crescimento das vendas acima do ponto de equilíbrio, resultando assim num lucro maior.

No que concerne a análise da alavancagem operacional, num contexto de mercado de procura elástica, ou seja, o consumidor tem a opção de escolher um outro produto de outro fabricante, com um menor preço, ocasionando assim uma possível elevação do ponto de equilíbrio pela redução do preço de venda para manter-se competitivo neste mercado de procura elástica. Se o ponto de equilíbrio for elevado, a empresa estará vulnerável a possíveis declínios provocados pela economia. Consequentemente a estrutura de gastos fixos provocará impactos nos lucros em conformidade das alterações do volume de vendas.

Caso a empresa possua uma elevada alavancagem, existirá um risco maior devido aos gastos fixos que não serão reduzidos pela queda dos volume das vendas.

Ponto de equilíbrio



Ponto de equilíbrio é o valor ou a quantidade que a empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas fixas. Sendo assim, a empresa não terá lucro nem prejuízo.

O ponto de equilíbrio é calculado das seguintes formas:

1. Ponto de Equilíbrio em Valores:

Valor total das despesas fixas, dividido pela % da margem de contribuição.

Exemplo:
- Valor total das despesas fixas = R$ 5.000,00;
- % margem de contribuição = 30%;
- Ponto de Equilíbrio: R$ 5.000,00 / 30% = R$ 16.666,67.

2. Ponto de Equilíbrio em Quantidade:
Valor total das despesas fixas, dividido pelo valor da margem de contribuição.

Exemplo:
- Valor das despesas fixas = R$ 5.000,00;
- Valor da margem de contribuição = R$ 6,00;
- Ponto de Equilíbrio em Qtde: R$ 5.000,00 / R$ 6,00 = 833 unidades.

Contabilização: Desperdício ou Perda



Todo processo produtivo pode gerar restos decorrentes da atividade desenvolvida (previsionais), estes são considerados normais à atividade, portanto devem englobar o custo do produto fabricado.

As perdas provenientes de erros de produção, incêndios, obsolescência, erros humanos etc., são consideradas perdas do período, sendo contabilizadas como tal, incidindo diretamente no resultado do exercício, não sendo ativadas (não compõem os custos dos produtos, simplesmente reduzem o resultado do período).

Custos Indiretos de Fabricação - CIF


Exemplo: Aluguel de galpão
Gastos que não são identificáveis diretamente aos portadores finais.

Sistema de Custeio Variável



O Método de Custeio Direto, ou Variável, propõe que as cargas de custos, classificadas por espécie (natureza) de custos, sejam analisadas e reclassificadas em custos fixos e custos variáveis.

As características essenciais do método de custeio variável são:

1. Realizar uma análise das cargas de custos, classificando - as em fixas e variáveis;
2. Atribuir ao custo final dos produtos somente as cargas variáveis, obtendo-se, assim, um custo final variável dos produtos.

Os defensores do custeio direto ou variável (direct costing) propõem que, no cálculo dos custos finais por produto, não entrem mais que os custos variáveis e que os custos fixos sejam levados globalmente ao resultado do período, por não serem considerados como elementos componentes do custo dos produtos. Obtém-se assim, o custo final variável dos produtos.

As cargas de custos fixos não são consideradas custos do período, isto é, contabilmente, despesas operacionais.

Este modo específico de determinação dos elementos componentes do custo final dos produtos encontra sua justificativa no conceito de custo do período, isto é, os custos de produção fixos e as despesas de comercialização, distribuição e administração fixas são custos (contabilmente, despesas operacionais) do período e não do produto.

A aplicação de um ou de outro método para o cálculo do custo dos produtos incide, de maneira direta, em duas questões :
a) a valoração ou quantificação financeira dos estoques; e
b) a determinação do resultado (lucro operacional bruto) do período ou exercício.

No Brasil, o Método de Custeio Direto ou Variável não é permitido para fins contábeis e fiscais, de valoração de estoques e de determinação do resultado do período, pois fere os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Ele somente pode ser utilizado para fins gerenciais, de tomada de decisão, sobretudo a curto prazo.

Os dois métodos de custeio global (full costing) e o variável (direct costing) são irreconciliáveis formalmente, isto é, não podem ser aplicados concomitantemente, numa só vez.

Conclusivamente, com base no custeio variável, só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o resultado do exercício; para o estoque só vão, como conseqüências os custos variáveis (indiretos e/ou diretos), motivo que leva a legislação não aceitá-lo, ou ainda, dentro desse método os custos variáveis são considerados como atribuíveis aos produtos e, consequentemente, debitados na produção e incluídos no custo dos estoques – é o caso de materiais e mão-de-obra direta. Já os custos fixos são tratados como despesas do período e, portanto, não são ativados na conta de estoques.

O custeio variável se destina a proporcionar à administração maior informação sobre a relação existente entre custos, volume e resultado.

Características:

1. Considera somente os custos variáveis, sendo diretos ou indiretos;
2. Seu enfoque é no produto;
3. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de vendas;
4. É um critério administrativo gerencial e interno;
5. Apresenta a contribuição marginal que é igual a diferença entre as receitas e os custos diretos e variáveis dos segmentos estudáveis;
6. O custeio variável estima-se a auxiliar, sobre tudo a gerência do processo de planejamento e tomada de decisão, principalmente a curto prazo;
7. Enfoca, principalmente, o custo unitário de produção;
8. Requer a separação dos custos fixos e variáveis.

Vantagens:

1. Enfoque gerencial;
2. Não incorre em erros de rateios;
3. Permite uma análise da contribuição direta de cada produto para com os resultados, pela análise da margem de contribuição;
4. Os dados necessários para a análise da relação custo/volume/resultado são rapidamente obtidos;
5. É totalmente integrado com o custo-padrão e orçamento flexível.

Desvantagens:

1. Ao não considerar os CF acaba tendo uma visão de curto prazo;
2. Isoladamente, não se aplica para formação do preço de venda;
3. Deve ser avaliado com detalhe em empresas de elevado Ativo Imobilizado, pois não considera a depreciação, quando esta for calculada pelo método linear ou outro método que à transforme num custo fixo;
4. A exclusão dos CF indiretos para a valoração do estoque causa subavaliação. Fere os princípios contábeis.

Sistema de Custeio por Absorção


É o método derivado da aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Esse método foi derivado do sistema desenvolvido na Alemanha no início do século 20 conhecido por RKW (Reichskuratorium für Wirtschaftlichtkeit).

Consiste na apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo uso de recursos da produção aos bens elaborados, e só os de produção, isto dentro do ciclo operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos.

É útil em empresas que tem processo de produção pouco flexível e com poucos produtos.

A auditoria externa tem-no como base. Dessa forma, são perfeitamente inventariáveis e tratados como custos dos produtos acabados e em elaboração. Apesar de não ser totalmente gerencial, é aceito para fins de avaliação de estoques (para apuração do resultado e para o próprio balanço).

Características:

-Engloba os custos totais: fixos, variáveis, diretos e/ou indiretos;
-Faz a alocação, dos custos indiretos, no centro de custos (auxiliares e produtivos);
-Os CIF acabam transferindo-se, contabilmente, para a conta de estoques de produtos acabados;
-É útil nas empresas que têm processo de produção pouco flexível e poucos produtos;
-Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção.

Vantagens:

1. Considera o total dos custos por produto;
2. Formação de custos para estoques;
3. Permite a apuração do custos por centro de custos;

Desvantagens:
1. Poderá elevar artificialmente os custos de alguns produtos;
2. Não evidencia a capacidade ociosa da empresa;
3. Os critérios de rateios são sempre arbitrários, portanto nem sempre justos.

A aplicação do custeio por absorção pode ser feita levando-se em conta a departamentalização ou não. Isto após de feita uma avaliação criteriosa da composição dos custos, para verificar o volume dos custo indiretos, conforme a convenção da materialidade.

Custos Semivariáveis


Exemplo: Contratação de supervisores.

São os custos variáveis que não acompanham linearmente a produção, mas aos saltos, mantendo-se fixos dentro de estreitos limites.

Custos Fixos x Custos Variáveis


Exemplo: Serviço de limpeza (fixo) e consumo de água (variável)


Os custos fixos são aqueles que mantêm um dimensionamento constante, independentemente do volume de produção, ou ainda, os custos de estrutura que permanecem período após período sem variações, não ocorrendo em conseqüência de variação no volume de atividade em períodos iguais.

Os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com o objeto de custeio ou ainda, em alguns casos que se modificam em função da variação do volume/atividades das operações, ou seja, da variação na quantidade produzida no período. Quanto maior o volume de produção, no período, maior será o custo variável.

Custos de Transformação



É o custo total do processo produtivo e é representado pela soma da mão-de-obra direta com os custos indiretos e representa o custo de transformação da matéria-prima em produto acabado.

Custos Diretos x Custos Indiretos


Exemplo: matéria-prima (direto) e energia elétrica (indireto)
O custo direto é aquele que pode ser identificado e diretamente apropriado a cada tipo de bem ou órgão ou objeto a ser custeado, no momento de sua ocorrência. É aquele que pode ser atribuído (ou identificado) direto a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento. Não necessita de rateios para ser atribuído ao objeto custeado.

Custo indireto é aquele que não pode ser atribuído (ou identificado) diretamente a um produto, linha de produto, centro de custo ou departamento. Necessita de taxas/critérios de rateio ou parâmetros para atribuição ao objeto custeado.

Custos x Despesas



A diferenciação entre custos e despesas é importante para a contabilidade financeira, pois os custos são incorporados aos produtos (estoques), ao passo que as despesas são levadas diretamente ao resultado do exercício. Entretanto, no enfoque gerencial essa diferenciação não é muito relevante. Os contadores de custos devem dispensar a mesma atenção aos custos e as despesas. Se a eficiência é importante no setor de produção, ela deve ser considerada da mesma forma na área administrativa.

Para diferenciar custos de despesas é importante compreender que primeiramente a entidade realiza o gasto (aumento de obrigações e/ou diminuição do ativo), este gasto pode ser um investimento (aquisição de bens imobilizados, compra de matéria-prima etc.) ou ser um consumo direto (Ex.: pagamento de energia elétrica). Quanto ao investimento este se transformará em despesa em decorrência de sua utilização, Depois passa a ser classificado como um custo e quando levado para a apuração do resultado (segundo os Princípios Fundamentais de Contabilidade – PFC – a despesa existe em função da receita), transforma-se numa despesa. Já o gasto consumido imediatamente, classifica-se inicialmente como despesa, sendo que estas despesas podem ser relacionadas diretamente com o resultado do exercício, se não participarem do ciclo produtivo. Porém, se identificadas com atividade de produção serão consideradas custo e posteriormente despesas, na fase de apuração do resultado.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Importância de um bom sistema de custos em indústrias



A importância do conhecimento dos resultados globais de uma indústria não torna menos importante o conhecimento do desempenho de cada um dos produtos que constituem aquele resultado. Pelo contrário, o estudo de cada um dos elementos, além de permitir a extrapolação do raciocínio para o global, permite o conhecimento exato da dimensão do resultado de cada um, com as conseqüências que cada um pode ocasionar no resultado.

Estudando cada um dos produtos, é possível definir os que são mais lucrativos, os menos lucrativos e até aqueles que dão prejuízo, para que as decisões possam ser tomadas com vistas na melhoria do desempenho destes últimos ou a sua eliminação da produção.

Contabilidade de Custos: Início



A Contabilidade de Custos surgiu quando houve a necessidade de avaliar estoques nas indústrias, mais especificamente com o início da Revolução Industrial na Inglaterra em meados do século XIII e que expandiu pelo mundo a partir do século XIX.

Anteriormente a esse período, os produtos eram fabricados por artesãos que, via de regra, não constituíam pessoas jurídicas e pouco se preocupavam com o cálculo de custos.

A contabilidade nessa época tinha sua aplicação maior no segmento comercial, sendo utilizada para apuração do resultado do exercício. Porém, com o incremento da indústria surge a necessidade de cálculo de custos para formação de estoques.

Os comerciantes para apurar o resultado do exercício somavam as receitas e subtraíam delas o custo da mercadoria vendida, gerando o lucro bruto. Do lucro bruto eram deduzidas as demais despesas e, assim, encontravam o lucro ou prejuízo do período (esse sistema de apuração ainda hoje é utilizado pela contabilidade).

Exemplo:
Vendas
(-) custo das mercadorias vendidas
(=) lucro bruto
(-) despesas administrativas
(-) despesas comerciais
(-) despesas financeiras
(=) lucro/prejuízo